VÍDEO: os desafios que a pandemia traz para a terceira idade

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Em meio à pandemia, a aposentada Eva Anadir Flores Gazzola faz exercícios de ginástica em casa

Diferentemente dos outros anos, no Dia Mundial do Idoso não haverão comemorações pela cidade. As tradicionais caminhadas, oficinas de dança e ginástica, promovidas pela prefeitura, não poderão ocorrer, visto que a terceira idade compõe grupo de risco à Covid-19. Ainda assim, nesta data, a sociedade é convocada a refletir a respeito da situação do idoso, seus direitos e dificuldades.

A data, celebrada no dia 1° de outubro, foi instituída em 2006, com a aprovação da Lei nº 10.741, que tornou vigente o Estatuto do Idoso. A partir daí, mudanças importantes na situação da assistência, integração e participação dos mais velhos na sociedade começaram a acontecer. Neste ano, em especial, as Nações Unidas destacam a necessidade de proteger os idosos durante a pandemia e depois.

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O presidente do Conselho Municipal do Idoso (Comid), Jaime Dal Forno, cita os avanços como a preferência em filas de atendimento, assentos em ônibus, atendimentos em órgãos públicos e privados. Ainda assim, elenca deficiências, principalmente no atendimento ao idoso na área da saúde.

- Não podemos negar que a assistência à saúde ainda é bastante deficitária pois, em alguns lugares, temos idosos que enfrentam longa espera em filas para poderem consultar ou aguardam muito tempo para poderem fazer um exame que muitas vezes é decisivo para o tratamento médico - ressalta, Jaime.

Em termos gerais, acrescenta Dal Forno, qualidade de vida na velhice está associada à uma vida ativa: a busca por hábitos saudáveis - como atividade física e alimentação equilibrada - e a manter a mente ocupada com novas atividades.

CORONAVÍRUS
A pandemia impôs um confinamento bem rigoroso aos idosos. Nesse período, muitos deixaram de buscar tratamento médico e, isolados de amigos e familiares, viram o psicológico desabar.

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A aposentada Eva Anadir Flores Gazzola, comemora o fato de estar com 76 anos e não ter nenhum problema de saúde. Mas, confessa que o início do isolamento social foi um momento bem difícil, pois chegou a apresentar sintomas de ansiedade. Ela que costumava ter uma vida bastante ativa, indo às aulas de ginástica, encontros do grupo de idosos e tradicionais domingueiras, agora está só em casa. Para passar o tempo, se entretém cuidando das plantas, fazendo crochê e assistindo as videoaulas de ginástica enviadas semanalmente pelo professor Tiago Lima, via WhatsApp. Aliás, a tecnologia que antes não era presente na vida de Eva, agora está sendo uma aliada.

- Foi maravilhoso começar a usar o celular. Imagina se não tivesse isso agora?! Pelo menos, assim, posso falar com minhas amigas e fazer a ginástica - comenta.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Aos 76 anos, Eva precisou tornar a tecnologia sua aliada para manter a saúde e a mente em dia

NÚMEROS
A população mundial está envelhecendo rapidamente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões de pessoas até 2050, um quinto de toda a população do mundo. Isso representará uma redução da força produtiva e um aumento dos custos assistenciais.

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Em 2016, o Brasil tinha a quinta maior população idosa do mundo e, segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é de que em 2030, o número de idosos ultrapasse o total de crianças entre zero e 14 anos.